segunda-feira, 6 de agosto de 2018

No fim das contas sobra a sensação de estar só

Se sou feliz por muitos momentos

Estes pequenos vazios me asfixiam

Minha mente vaga cambaleante por aí

Em devaneios mórbidos

Construo meu inferno

Aprendi

Mas saber que me coloco nele, não me ensina como sair

Sinto que me ensinaram a andar, mas assim que andei esperaram que eu pudesse correr, quando corri sugeriram voar, eu ambiciosa, sedenta do reconhecimento que pudesse vir, menti que podia, e subi no topo do mundo, encorajei as crenças de todos em relação a mim, em tudo fui condencende, mas na hora exata de me jogar, recuei, nada era real, eram só mentiras que eu construí, disse não, percebi que não podia, mas fiz mal, todos esperavam o voo, prometi voar e descumpri, fui forçada admitir que mal sabia andar, quem dirá correr, e nem em sonho poderia bater as asas que nunca tive.

segunda-feira, 16 de julho de 2018


Você existia

Só sendo 

E eu, sempre eu 

Dispersa em mim

Minhas façanhas, entranhas, ranhuras 

E você?!

Andando por aí 

E eu descobrindo um mundo em mim, chorando em mim, rindo em mim, me desfazendo e transformando em mim

E você?!

Não significava, não era, não tocava, não dizia, não vivia em mim 

Mas então

Você alí

E eu?!

Eu quis te construir

Te descobrir 

Desconstruir pra transformar em mim 

sábado, 10 de março de 2018

Há um padrão
Ou simplesmente um problema
Qual é o meu?
Será sempre assim
Eu não falo
Mas sinto
Eu engano quem tiver ouvidos pra ouvir
Me engano
Eu queria muito mais
Queria por inteiro
Queria como vejo todo mundo ter
Só ser menos só
Menos eu
Pra ser