quinta-feira, 19 de maio de 2016

Pra que tantas farpas, palavras atiradas como lâminas, ódio embargando a voz? Por quê? Pra resolver? Pra distanciar, criar abismos e ruir as pontes, só isso. Nada mais.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Do corpo

Os pés estão sempre dispostos a dançar a música, o quadril se mobiliza acompanhando a batida, organicamente corpo e mente se fundem no som, os batimentos cardíacos se confundem com a percussão, a mente se afasta, mas está lá, observando de longe o corpo [poder]

terça-feira, 3 de maio de 2016

De ser

Nada mais que um sorriso estampado no rosto, nada mais. 

Nada de coisas, de obrigações impostas por um jeito de viver nada natural, nada de nada, só o tal do amor. Simples assim. 

Simples nada, dói muito pra sair, dói encontrar o fio da meada, desmanchar o nó tramado com tanto capricho na certeza de nunca mais soltar.

É difícil ser, perder o medo de parecer, aceitar as entranhas, olhar no espelho e encarar os próprios olhos, ter coragem de ouvir a própria vós.  

E no fim só resta mesmo resolver, e aí, o que vai ser?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

De hoje e sempre

      Estou sempre fechada dentro em mim, a extravagante aparência extrovertida não reflete a barreira imposta entre meu interior e o mundo. Não me permito falar em voz alta nada daquilo que sou ou penso, do que sinto então nem pensar. Mas há dias em que tudo não cabe numa única pessoa, em que a necessidade de transparecer quase me vence,  mas é fraca, incapaz de vencer minhas defesas, incapacidade minha, afinal desprezo a auto piedade, reprimo pra ninguém ver. Sou só, no meio de tanta gente, elas não me ouvem, eu tampouco ouso dizer.