...Aqui Dentro...
segunda-feira, 15 de junho de 2020
2020
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
No fim das contas sobra a sensação de estar só
Se sou feliz por muitos momentos
Estes pequenos vazios me asfixiam
Minha mente vaga cambaleante por aí
Em devaneios mórbidos
Construo meu inferno
Aprendi
Mas saber que me coloco nele, não me ensina como sair
Sinto que me ensinaram a andar, mas assim que andei esperaram que eu pudesse correr, quando corri sugeriram voar, eu ambiciosa, sedenta do reconhecimento que pudesse vir, menti que podia, e subi no topo do mundo, encorajei as crenças de todos em relação a mim, em tudo fui condencende, mas na hora exata de me jogar, recuei, nada era real, eram só mentiras que eu construí, disse não, percebi que não podia, mas fiz mal, todos esperavam o voo, prometi voar e descumpri, fui forçada admitir que mal sabia andar, quem dirá correr, e nem em sonho poderia bater as asas que nunca tive.
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Você existia
Só sendo
E eu, sempre eu
Dispersa em mim
Minhas façanhas, entranhas, ranhuras
E você?!
Andando por aí
E eu descobrindo um mundo em mim, chorando em mim, rindo em mim, me desfazendo e transformando em mim
E você?!
Não significava, não era, não tocava, não dizia, não vivia em mim
Mas então
Você alí
E eu?!
Eu quis te construir
Te descobrir
Desconstruir pra transformar em mim
sábado, 10 de março de 2018
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
domingo, 10 de setembro de 2017
Olho
Paro
Ouço
Recuo
Recuo
Recuo
Aí está o problema
É chegada a hora?!
O tempo passou?!
Passei?!
Ou é apenas o mesmo velho medo?!
Questões
Minhas
Dá minha mente sã
Ou doentia
Natural sentir
Impossível não recuar
Na verdade sinto e só
Sozinha meus vazios
Necessito de um abandono profundo
Deixar- me ir
Mas não vou
Recuo
Recuo
Recuo
E fim
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Tem um índio no congá
mas é índio branco
coração vermelho e pele desbotada
Tem um índio no conga que outrora já foi outro índio
soldado romano
mulher feiticeira
General
Tem, o índio que está no conga,
palavras que atira como flechas pra caçar as almas perdidas
Tem, o índio que está no congá
faces de caçador, pajé, cacique, curandeiro
Tem voz brava de pai justo
E voz branda de mãe que ensina
O índio do congá
É pai de muitos aprendizes de índios.
Caçadores infantis de seus próprios destinos
O índio Pai, que está no congá
Ensina os filhos
Comprometendo pra isso de uma a cinco, ou todas as vértebras que o alinham.
O índio Pai, que está no congá
Não dorme até que durma o último filho
Até que de o beijo doce do beija flor
em cada índio menino
Ensina às custas de lágrimas da alma dele mesmo
Segura firme ao ver a cascata de frustração dos jovens índios
Mas sabe que a dor ensina
E que por mais que doa nele ver sofrer seus indiozinhos, sabe que sofrer é preciso
Sentado na roda ensina os curumins cada letra de sua cartilha
Mesmo com o peso das vértebras machucadas senta pra contar da vida aos pequeninos
Por que ama
E é Pai esse índio
sábado, 29 de abril de 2017
Tem um botão que liga
[Ligou]
Liguei
Andei
Corri
Aprendi
Falei
Falei
Ouvi
Descobri
Recriei
Floresci
E então...
Bum!!
[Cresci]
...Parei
Não para!!
Aja
Haja jeito de agir
Descompacte
Expanda
Aconteça
Ande
Corra
Cante
Faça pra existir
Repita existir
Em cada pauta
E daí?!
Exista
É urgente
Pense
Logo exista
Seja Você
Seja como for
Pouco importa
Qualquer você serve
Qualquer você tem
Tem um quê que encanta e mexe
Que faz de você [você]
Seja redundante
Redondo
Esguio
Pouco importa seus porquês
Imagine
Realize
Matize com cores vivas
Seus sonhos
Seu viver
E viva
[Viva]
Comemore
Antes que o botão desligue
Pois no sono
Não há sonho
Só a soma
De um pretérito que é seu
E a lembrança
Do bailado
Que por falta de cuidar do passo
Se perdeu
sexta-feira, 21 de abril de 2017
quinta-feira, 6 de abril de 2017
Do riso da alma
Felicidade não cabe nos dentes
É uma coisa prática
Diretamente ligada à ação existencial
Na minha vida é quase bobagem
Fico feliz com tudo que é simples
Com minhas conquistas reais
E tudo que for verdadeiro
Hoje estou feliz porque [sou]
Passei muito tempo não [sendo]
Aprendi a dar o devido valor
Não da pra pegar na mão essa conquista
Não vem embrulhada pra presente
Não tem etiqueta
Nem marca
Não é troféu
Falando assim, você talvez nem considere
Mas, nossa...
Eu sinto no meu peito
Meu coração bate um ritmo que sou eu mesma
Sinto a velha dinâmica renascer
Os olhos se abrem pra ver
Os sentidos despertam em um só movimento
E juntos me acontecem
[Agora]
E eu sou feliz
quinta-feira, 23 de março de 2017
Transform[ação]
Transformar-se é como morrer aos poucos
Dói pra aniquilar os velhos hábitos tão arraigados
Corrói ver definhar as certezas [pueris] mas tão nossas
É preciso ver-se no espelho o tempo todo
Virado no avesso
Daquele lado tão desgostado
Que nem com filtro a gente encara
Transformar-se é missão kamikaze
É como voar rumo ao arco-íris
Sem nenhuma chance de retorno
Simplesmente não tem volta
É precipitar-se rumo ao abismo
E fim...
Cai um você
Nasce outro
quarta-feira, 22 de março de 2017
Quitéria
Quando penso que me equilibro
Trêmula e bêbada de mim mesma
[recuo]
Na corda bamba dos meus eus
Vou bem
Até soprar a primeira brisa
Aí lá vem
Mais de mim
Mais do mesmo
Mais dos meus medos
Pra depois
Respirando fundo as tormentas
Nos ventos
De tudo que venta
Encontrar-me sã
No fervedouro do meu próprio movimento
Escondido
Mas tão presente
Trôpego, trágico e sorridente
Feliz de mim
Por ser assim
Exatamente
Eu
Inspirar [sê]
Não basta ouvir a voz
Nem tampouco basta dizer
Fazer é crucial
A promessa nada vale sem a ação
Tem movimento escondido
Ta lá no fundo
Procura pra ver
Mas não se perca na contemplação
Põe o pé na vida e anda
Ou corre
Tanto faz
Só movimenta
Movimenta pra viver
segunda-feira, 6 de março de 2017
Dos giros
Eu vi meu pai assobiar na mata da minha alma
Eu vi meu pai me procurar com a calma do caçador
Eu vi meu pai me buscar nas macaias da minha mente
Eu vi meu pai me chamar pra caçada daquilo que sou
De fato
Caçador
Do mato
Da luz
Do movimento
circular
trepidante
de ser-me
tão e
só[mente]
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Dos cadernos
Descobri que essas palavras
Jogadas
Aqui
Acolá
São na verdade a válvula
Por onde escapam
Intrincados sentimentos
Soterrados pensamentos
Que precisam de força pra voar
Senão me engasgam
Percebi
Depois de tanto tempo
Que ainda criança
Me deram os meios pra me salvar
O que seria da menina
Muda de sentimentos
Sem as palavras guardadas a lápis
Em papel de carta e cadernos
Primeiro, versinhos frescos
Depois, frases espessas
Das entranhas
Descobertas
Da menina
De si mesma
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Da amizade
Acrescentar
Organicamente somar
Juntar, compartilhar
Qualquer coisa
Unidade
De pensamentos mil
Afinidades
Loucamente desconexas
Risadas soltas
Em idas e vindas bobas
Desnecessariamente
Úteis pra nos unir
Num mesmo fim
Que na verdade é o começo
Mas quem sabe seja o meio
De algo que sempre existiu
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Eu sou da Umbanda
Isso mesmo estou vivendo a Umbanda
E acredite, vivendo mesmo, no sentido "estar viva" da palavra
Só depois desse passo descobri que não vivi até aqui
Ainda estou engatinhando
Quiçá nem isso ainda
Me arrastando
Como tenro bebê que se arrasta ao chão
Ah, o chão
Senhor de muitos ensinamentos
Terra seca de Obaluaê, que há de me ensinar a dobrar os joelhos, e assim, extinguir de mim o orgulho
Num Xirê de riqueza espiritual, racional e eu diria até poética
Aprendo pé ante pé o amor a todas as coisas
Não que eu saiba amar
Nada sei do amor eternal
Nem a mim mesma sei dar o devido valor
Até isso a espiritualidade precisa me ensinar
Aprendo com um Pai sagrado a amar o pai do mundo, a mãe e aos irmãos
Esse Pai, homem missionário, com amor inabalável leva seus filhos pelas mãos rumo ao criador
Aliás, aí está a maior riqueza dessa religião o maior exemplo desse pai
O amor ao criador, infinitamente gerador de mais amor, por meio dá fé que guia
É por esse amor
Pela música, dança e magia
Por toda oportunidade de aprendizado
Por toda a dor que faz burilar
Todo o amparo dos irmãos
Cada colo ou coro do meu Pai
Cada entidade bendita que doa sua luz a fim de nos ensinar
Pela energia vital dos orixás
Por cada pedacinho de mim que descubro lá
Que sou da Umbanda
Saravá
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Do meu encontro
O peito está leve
A cabeça não se enfia com frequência em qualquer buraco
Não cavoco mais a terra com as unhas pra me enfiar
Olhar pra frente
Estando no presente
Esse tem sido o desafio
Respeito minha mente
Procuro atenta ver tudo com o coração
Menos incertezas
Mais intuição
Menos medos
Mais transformação
Mais, muito mais felicidades que eu nem sonhava poder sentir