sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pra parir poesia

tem poesia brotando calada
silenciosa
escondida nos cantos mais remotos das almas febris
não menos que imbecís
desvalidos de merecimento
não se enternecem com o puro mel da poesia solta
largada única pra voar onde queira

se façam valer dessas palavras úmidas e quentes
que de súbito
na calada escura da noite
nos vêm às mentes secas de imaginação
é preciso tocar as notas puras dessa melodia
deixar-se lavar
por esse nada e tudo engasgado em suas mãos suadas
e respirar, respirar, respirar e...haaaaaa




Aventurar-se
O que dizer desta morbidez passageira, se não... que passe... o que então?!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Do sol poente

Olhe pro horizonte amor,
olhe e veja como é belo o sol a se despedir de mais um dia!
Veja como humildemente vai saindo avermelhado pra deixar a lua brilhar.
Repare nos diversos tons coloridos com que pinta o firmamento,
Como que para nos presentear ainda mais uma vez nesse lindo dia!


terça-feira, 26 de junho de 2012

Para Celebrar mais um ano!

Mais um ciclo vital foi fechado, bem, talvez fechado não seja a palavra correta para designar tal fato...

                                               Mais um ciclo se completou.

Mais um aniversário!

Completar anos é muito mais que contas numéricas, ou perecividade.

Muito mais do que simplesmente envelhecer, branquear os cabelos, e ver tornarem-se perceptíveis as rugas da pele.

Completar mais um ano de vida, significa fazer o balanço geral de mais uma pequena fração de existência.

Basta olhar para traz para se ver partindo de si mesmo, e retornado em um novo você um tanto mais vivido, com algumas experiências novas na bagagem.

Geralmente mais pessoas  se agregam a nós, passam a fazer parte do nosso ciclo, algumas permanecem com a gente por muitos deles, outros ficam, ou se vão.

No entanto todas as pessoas, todos os momentos, cada lágrima de dor ou alegria, cada bela imagem que se faz de bela frente aos nossos olhos, cada música com a qual nos deleitamos, nos transformam um pouquinho, e podem dizer quem somos.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Da minha própria água

Não posso afirmar se é gelo ou fogo
que se esconde agora no fundo do meu olhar
Estou sem nada,
mais uma vez o amor passou por mim,
mas se foi
Descubro no entanto que preciso amar pra viver
Meu lado canceriano, berra súplicas por um amor sem fim
Não espero lábios pra beijar depois das 18:00
Não vejo o por do sol com ninguém
Não chego a sofrer
Apenas sinto falta do grande amor que ainda não vivi

Para escrever no muro!


Tantas palavras,
Presas como sempre
Engalfinhando-se dentro do meu corpo
Regurgitando-se
Estou em frangalhos sujos,
Bordados a ouro e terra
Nessa minha cara de nada
Nesta minha certeza cega
Sem olhos pras mentiras todas que eu deveria fantasiar pra viver

Corram para as janelas
Da casa, do carro ou mesmo da alma
Olhem a verdade imunda e nua
Debochada... Inerte...
Frente aos seus olhos bêbados dessa poesia sem ritmo chamada humanidade

Sem enganações de uma vez por todas!!!

Derrube esta máscara torta que lhe tapa a face burra
Deixe de uma vez por todas dessa verborragia inútil com a qual se conforta
AHHHHHHHHHHHHH!!!
Vamos lá cuspa no chão e grite alto
Suba correndo as escadas e aventure-se rumo ao chão pra ver se me envolve
Ao menos dramaticamente
Nesta dor que tem de doer em mim, sem nem me pertencer
Se eu quiser posso até fechar meus olhos
Tapar os ouvidos e a boca
Tosquiar o cabelo e raspar a carne
Só pra ver o bombear do sangue e ter certeza da vida!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Estiagem

O sol está lá fora
sorrindo amável
aquecendo mais um dia de outono.
Abram as janelas enquanto há tempo!
Apressem-se para ver o sorriso do astro maior
É preciso "ensolarar-se",
Mesmo que nuvens tapem o brilho do sol.


Da carne viva


Devo admitir que sou um poço de incongruências, por vezes até que bem sucedidas. 
Sou dotada de uma estupides arraigada, colada com cuspe num orgulho qualquer.
Não tenho medo, me falta coragem e só, as coisas não me assustam, talvez eu saiba sobre elas... 
Ou nada saiba, de nada e tudo, misturado no caldeirão do meu achismo imbecil. 
Não sei muito de amor, nem muito menos de amar, embora ame a cada instante, mais do que realmente posso.
Gostaria de poder ficar mais um pouco, sempre, de falar menos, ouvir ainda mais, aprender tudo do mundo, gerar...
Fabricar em mim algo de valor inestimável, poder tocar no milagre da vida, sentir seu cheiro, 
E cantar músicas de ninar, quero poder proteger, mas ainda nem sei quem sou! 
Não sei se sou palco ou platéia. 
Qual será minha cor predileta, são tantas, fica difícil escolher.
Perco-me no castanho escondido dos meus cabelos.
Afinal, que faço eu da vida, será preciso ser alguma coisa, e agora?
Estou confusa, viver me entorpece.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ainda voo
Passo rente ao chão
não pertenço
não sou
não vou
...mas posso
e sempre que quiser me aventuro

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Crustáceo

Descanso úmido
Trancafiado
A chuva gelada não dá trégua
Aos poucos me transformo
Em alguma coisa que se assemelha a um peixe...