Tantas palavras,
Presas como sempre
Engalfinhando-se dentro do meu corpo
Regurgitando-se
Estou em frangalhos sujos,
Bordados a ouro e terra
Nessa minha cara de nada
Nesta minha certeza cega
Sem olhos pras mentiras todas que eu deveria fantasiar pra
viver
Corram para as janelas
Da casa, do carro ou mesmo da alma
Olhem a verdade imunda e nua
Debochada... Inerte...
Frente aos seus olhos bêbados dessa poesia sem ritmo chamada
humanidade
Sem enganações de uma vez por todas!!!
Derrube esta máscara torta que lhe tapa a face burra
Deixe de uma vez por todas dessa verborragia inútil com a
qual se conforta
AHHHHHHHHHHHHH!!!
Vamos lá cuspa no chão e grite alto
Suba correndo as escadas e aventure-se rumo ao chão pra ver
se me envolve
Ao menos dramaticamente
Nesta dor que tem de doer em mim, sem nem me pertencer
Se eu quiser posso até fechar meus olhos
Tapar os ouvidos e a boca
Tosquiar o cabelo e raspar a carne
Só pra ver o bombear do sangue e ter certeza da vida!
Num baile à fantasia onde todos se vestissem com seus verdadeiros rostos, certamente ninguém reconheceria ninguém.
ResponderExcluirGK
Todos se escondem sob uma grossa camada de lama suja.
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