Então seguro qualquer tecla
Abandono as mãos ao meu próprio abandono
Onde está o chão?
De certo não em baixo dos meus pés
Flutuo, com um aperto no coração
Um nó na garganta
Devem ser os hormônios
Ou não, ou nada disso, nada físico
Apenas alma então
Inchada de angústia
Essa que poucas vezes se transforma em lágrimas
Estou precisando derramar
Não cabem em mim meus pensamentos
Não caibo no mundo
Nem ando tendo com ele relações amigáveis
Trancafiei-me no meu âmago confuso
Porém doce
Nunca amargo
Se me vem lágrimas aos olhos
Geralmente são de amor
Mesmo que doam
Alegram-me
O balanço frouxo desse descompasso
Atordoa-me
De vez em quando roço de leve meus pés no chão
Mas não permaneço terrestre
Logo voo
Não sou daqui
Bem sei
Causo estranheza
Em qualquer um
Sou de supetão
E por vezes até de afago
Não sou de ferro
Sou água e vento,
Medo e choro,
Amor, muito amor
Embora o tal não me pertença
Pouco permeia a minha vida
Mas ainda assim
Levanto bandeiras por ele
Minha imagem distorcida
Esse corpo que sou eu
Esse excesso
Essa falta
Minha bruxaria contida
O susto que vai dos olhos meus
Não sei...
Provavelmente a esta altura minhas palavras nem façam mais
sentido, mas eu tenho certeza que sinto meu coração apertado de uma saudade de
alguma coisa que ainda quero viver, de um beijo, de um lugar, de um sorriso, de
mim, saudade da minha pele, dos planos que um dia fiz, um dia tão distante que
as lembranças me fogem já... Enfim é só isso, era preciso escrever esse monte
de quaisquer coisas apenas para desabafar, pra desabar em lagrimas
tipográficas, borradas com a água imaginária que deve estar brotando dos meus
olhos sedentos de vida.
Que lindo monte de quaisquer coisas!
ResponderExcluirÉ que, quando só resta o sem saída do beco
Até o choro, quando vem, vem seco
GK
Obrigada, é que ultimamente não tem tido espaço para mim em mim!!
Excluir