Me expresso como posso
Gosto de me manter livre para a vida
O cabelo solto, despenteado a seu bel-prazer
A cara lavada, sem grandes camuflagens
O corpo talvez não seja meu ideal físico,
mas me contempla
Faz bem seu papel humano
O sorriso vive grudado na minha cara
Mesmo quando solto minhas garras
mesmo nas minhas feitiçarias
Sou louca a noite
Não menos louca durante o dia
Detesto calor
A menos é claro que se faça entre os corpos
O meu e o de alguém que me toque diretamente a alma
Sou tão simples quanto complicada
E preciso me descrever
Todos os dias
Nessas palavras vivas
pra ver se me entendo, se me decifro
Pois sou claramente confusa.
A natureza mutante da vida, tendo a crer, faz com que toda auto-descrição seja essencialmente provisória.
ResponderExcluirGK