sábado, 28 de setembro de 2013

Da música que sempre desejo

E se o som insistir em me engolir
finjo que grito e corro
mesmo que as facas atiradas
tendam, ao menos que de raspão,
a atingir a pele crua, a carne viva
ainda assim
deixo que gritem os sons de dentro
deixo que as vontades
economicamente limitadas
fluam em suas danças de um requinte qualquer
aliás, nem me  apercebo do preço
somente pago
apenas quero e desejo
mas de fato
tantas coisas
que nem mesmo cabem no tempo
nem mesmo nos dedos
e eu tampouco ouso

Nenhum comentário:

Postar um comentário