sexta-feira, 30 de março de 2012

Urubu

Urubuzar talhando o zéfiro
Sobrevoar rasante o céu
Projetar-se em sombra no chão distante
Aventurar-se em queda livre rumo ao solo
Contrastar sua negrura com a imensidão azul
Voar até não poder mais
Só para ser livre como lhe é da natureza.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Simplesmente Catarina

Ter quinze anos é bem mais do que ter espinha na cara, se apaixonar por quase todos os meninos gatinhos que aparecem, ouvir música alta no mp3 e navegar na net.
Ter quinze anos, é ter uma breve ideia de quem se é, e não fazer ideia do que vai ser quando crescer de fato.
Quando se tem quinze anos, tudo é razão para desespero, afinal, viver quando se tem quinze anos é tão bom, que nada pode dar errado e estragar tudo, sim, pois quando temos quinze anos, esta história de que o tempo resolve não faz o menor sentido, a adolescência exige tudo para ontem e sem demora.
Com quinze anos a hora de dormir nunca chega, assim como a de acordar.
O cabelo sempre esta um horror, e o corte da melhor amiga sempre arrasa mais que o seu.
É preciso sair correndo da escola, sem nem ao menos se despedir dos amigos, para chegar logo em casa, e falar com eles mesmos no facebook ou msn.
Aos quinze anos, no auge da carinha bonita, olhar-se no espelho e tirar um bilhão de fotos do próprio rosto, servem como bálsamo para a alma, e roupas novas são capazes de curar quase todas as doenças.
No entanto tenho o prazer de conhecer uma menina um tanto diferente.
Ela esta beirando os quinze anos, ainda está no quatorze e alguns meses, mas já é possível sentir o cheiro dessa idade tão marcante chegando.
Ela é realmente diferente, em alguns pontos é claro, pois é impossível fugir totalmente, todos estão fadados a ter quinze em algum momento, e a agir coerentemente com a idade.
Mas a tal de que estou falando não ta nem aí, abomina modismos, já se livrou da chapinha há séculos, liberou seus lindos cachinhos cor de mel (que alias causam inveja em quase todas as amigas de chapinha e cabelo de cor indefinida), veste-se como bem entender, e até prefere criar seus look`s sozinha, sem se incomodar com o que dita uma tal moda que ela nunca viu mais gorda na vida.
Se a maré não está pra peixe, deixe estar, que ela está.
_A regra é sempre tênis, diz a tal da moda.
Ela sem demora replica e defende seus lindos chinelos enfeitados, que além de serem muito mais frescos, ainda lhe dão a liberdade de soltar os pés.
No fone de ouvido berram noite e dia, as bandas mais alucinantes que se pode imaginar, a menina de cachinhos de mel, é muito "Rock and roll".
Alimenta-se de livros e bons planos para um futuro que não vê a hora de chegar.
Pedala pelas ruas, pairando imperceptivelmente sobre o chão.
Ama viver e ama amar.
E se querem saber, também é muito amada, por ser exatamente como é.
Maluquinha?!
Diferente?!
Despojada?!
Ainda não se intitula como nada.
E nos encanta por ser simplesmente, Catarina.


Sobre[ser]

Lábios de cera
Translúcida e líquida
Face escorrida
Pés e mãos atados à cabeça flácida

Não há nada
Nem dentro
Nem fora
Apenas átomos amontoados

Sentimentos divididos 
Em minúsculas partículas
De achismos desencontrados.

terça-feira, 27 de março de 2012

Para tardes de chuva sem chuva

Assim como o sol de súbito se faz tímido e o dia nublado, o coração se acanha diante da falta de luz.
Onde está a radiante alegria, que muito embora nos incomode por ser quente, nos aquece a alma.
Os pensamentos vêm e vão, e são quase sempre os mesmos, regurgitamos, para refletir um pouco mais.
Será possível controlar, essa carga de emoções pairando no subconsciente?
Transitamos na imensidão aérea de nós mesmos, nos apegamos a qualquer lapso de sabedoria, buscamos o entendimento, de nem sei o que.
Mas, e se nos faltar a fé?
Se nos fizer falta a crença no amanhã, o que haverá de ser?
A grande estrela solar, nos assiste aprendendo a viver, nos contempla distante, a dar os primeiros passos rumo ao lugar onde queremos chegar, e brilhante ri-se estridente ao ver que não estamos certos de que lugar é esse.

No peito o aperto
Na mente a incerteza
No coração o desejo
E na boca beijos adormecidos
Esperando outros beijos!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Via Láctea

Vi, a láctea via de estrelas
No escuro do céu
No firmamento

Percorri com olhos de passado
O brilho há muito já instinto
Na memória a sensação de outros tempos
Turbulentos, porém dos mais doces

Os cheiros relembraram ao olfato
Como a luz aos olhos se fez latente
E na via láctea estrelada
Minha criança sorrindo se fez presente

Estirão

Seu semblante, agora carrega todo o peso do seu ser.
Seus olhos, já não se fazem mais tão presentes.
É chegado o momento da primeira despedida.
Vai-se a criança e chega o adulto.

Esse furacão, do qual habitamos o olho,
Sacode nossos corpos fragilizados, com solavancos secos.
O filme da vida passa por nós.
É possível vê-lo claramente!
Separam-se os momentos.
A mente,  principia a seleção das passagens de maior relevância.
A verdade faz-se de puta e nua,
bem embaixo do nosso nariz
Nos revira as entranhas
Vomitamos todo o nosso ser.

Abandonemo-nos então, em tais solavancos
Talvez com eles, mais parafusos se encaixem
Viver é só isso
Descobrir-se a cada instante
Temos o privilégio de poder saber.
A realidade esta escrita nos muros e nas testas.
Por esse motivo temos olhos, para ver.

Passagem

Apenas sinto
Muito, e tanto quanto posso.
Não sei do seu coração,
mas sei do seu rosto.

Onde está o sorriso tenro
que me encantou?
Turbulência n'alma?
Esse é o momento.
Viva as escolhas,
Não abdique de nenhuma tempestade
Grite para o mundo!
Invente, dance e componha músicas,
Nem que sejam de uma nota só.
Fale se quiser!
Ou nada diga, pense.
Apenas liberte seu instinto,
mostre-se para o futuro de dentes e sorrisos.
Salte sem paraquedas no seu presente.
E o futuro?!
Ele nada mais é do que o agora

domingo, 25 de março de 2012

Da identidade

As mãos são de quem?
Do pai ou da mãe?
Um pouco de cada um.
Fisicamente são da mãe,
os dedos longos e gordinhos,
e as unhas arredondadas são dela.
A extinta verruguinha era dele,
Assim como os movimentos precisos e  astuciosos.
Bem, a leveza veio dos dois,
o dom de criar, que é próprio deles, também.
As mãos dele criam coisas grandiosas,
Na pedra pesada ele é capaz de construir abrigos afáveis e gentis.
As dela, com miúdos pontos, trama preciosas texturas que nos convida a percorrer.
A união dessas mãos tão importantes,
com a promessa eterna da aliança no anelar esquerdo,
gerou outras tão sedentas de arte quanto.
Esculpem, desenham, trançam, tocam, concertam, constroem e teclam.
Mas o mais importante, é que sabem da necessidade de permanecerem sempre unidas,
Nessa linda ciranda chamada Família.


sexta-feira, 23 de março de 2012

Imersão

De repente tudo escuro
Não há caminhos claros a seguir.
Paralisia,
Afogamento em águas geladas e desconhecidas
Arrisco-me por canyons submarinos
E fico ainda mais submersa
Precipito-me contra as marés
Sei que a superfície não se encontra assim tão longe
E que é necessário encher de ar os pulmões
Mas permaneço
É preciso
Aproveito o coma instantâneo para refletir
Entrego-me ao balanço calmo e intenso desse mar de mim mesma.
E de súbito retorno ao oxigênio
Ainda é dia!




quinta-feira, 22 de março de 2012

Reflexos e reflexões II

O segredo esta justamente na calma.
Não há formas humanas de sanar todas as dúvidas inerentes ao homem.
Somos profundeza remota e impenetrável, transparecemos apenas o mínimo.
Mentir é natural e humano, e nem por isso é negativo, momentos há em que a mentira é necessária para proteger.
Os olhos não são capazes de espelhar toda a amplitude da alma.
No entanto, não precisamos nos enganar com nossos próprios sentimentos.

A verdade já não me assusta tanto quanto antes, ao contrário, me tranquiliza!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Osmose

A noite vem, e o beijo?!
Bem, o beijo nem sempre chega.
Sobram apenas as lembranças de outros beijos

As mãos precisam tatear,
O corpo anseia ser delineado por toques suaves
O cheiro se faz saudoso às narinas
E o paladar degusta os últimos sabores.

É necessário trocar
Estar próximo
Separar-se por que?
Se a simples presença é o suficiente para alegrar.


terça-feira, 20 de março de 2012

Da noite

Posso ver o céu.
Não ha dúvidas, ele esta bem visível.
Vejo as estrelas, que formam um caminho iluminado, que nos leva para qualquer lugar.

Não tenho medo desse infinito negro desvelado pela noite,
Tenho medo apenas dos olhos,
de todos aqueles que olham e pensam.
Me inquieta a dúvida.

A noite é sempre fria, por mais que seja quente.
Porém quando se põe o sol, sem demora se mostra a lua,
Sorri fresca e pálida, nos ilumina, sem ruborizar-se, sem se acanhar por ser tão bela.

A noite pertence ao coração, enquanto que o dia, ao corpo e ao trabalho.
É na escuridão que os suspiros saem para passear e revoam gélidos os corações amantes.

Na noite o calor se projeta, se faz no outro, mansinho e leve.



segunda-feira, 19 de março de 2012

Na Alma

E nos momentos em que nos perpassa a ansiedade
E que uma tristeza que vem sabe-se lá de onde
nos arranha a mente e o coração?!
E esse nó na garganta, a gente engole, ou vomita em lágrimas?!
Não é tristeza propriamente dita,
é vazio, é falta, é desgaste de corpo e de alma.
É essa incerteza, que vem de brinde quando a gente nasce.
Preciso saber!
Mas de que?
Por que?
É necessário quietar.
Porém não encontro essa tal calma em lugar algum.
Hoje é o amanhã de ontem,
Estou no futuro, e ainda não sou o que quis ser quando crescesse.
Sou uma pilha de palavras e informações desconexas e amontoadas.
Não sou, e nem sei de nada.
Sou uma imagem opaca de tudo aquilo que projeto em mim.
Sou tecido transparente e fraco.
Sentimentos misturados.
Sou massa e alma inquieta

domingo, 18 de março de 2012

E na noite quente e fria, logo após as primeiras águas de março, nós dois.
Todo tempo é pouco,
uma noite é quase nada comparada ao tamanho do desejo e do carinho que precisa ser  saciado,
trocado.
Energia, pura magia, é fácil perceber que não é por acaso,
que não é por nada, apenas precisamos estar juntos.
Sentir...

Continho sem fadas

E a moça que não era boba nem nada, soube reconhecer o príncipe de imediato.
Ele não vinha montado em cavalo branco, e nem mesmo pertencia de fato a realeza, 
mas não havia dúvidas, era príncipe, sem ter o que por nem tirar, desses com os quais vale a pena sair cavalgando pelo mundo, com ou sem cavalo.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Matizes

Esfriou...
O ar ficou leve,
A brisa sentiu-se livre para voar

Serenou...
O céu virou mar,
Com ondas calmas,
sem atribulações.

O sol não sorriu escancarado
Unicamente agraciou-nos
Com um sorriso tímido

Invernou apenas a promessa dos dias lindos,
Que junto ao frio nos espera.

O firmamento foi tingido
com pinceladas trágicas
de um âmbar, quase que azulado.
Horizonte cromático
A medida áurea da beleza pura e simples.


quinta-feira, 15 de março de 2012

Fluente

É que em seus olhos
que não são de água,
me afoguei, ou mergulhei
                                    já nem sei.

Me encantei, de leve, aos poucos
Assim como é leve e tímido o seu sorriso

Seus mistérios...
Quais serão?
Trancafiados nos seus olhos, que não são líquidos.

Menino ou homem?!
Tanto faz.
Não me importo.

Apenas quero, e acredite, quero muito.

Te quero de alma,e  quem sabe até de corpo.
Te quero ao lado, mas em cima também me agrada.
Te quero sorrindo, mas se chorar, tomo suas lágrimas como minhas.

Te quero hoje
Posso te querer amanhã.
Ou quem sabe (embora pareça menos provável),
para sempre.

Mas meu querer, se for por você,
é eterno,
terno,
lindo e calmo,
Por apenas te querer.



Sobre a nova/velha casa!


Avistar,
olhar ao longe,
e perceber o que na realidade esta bem embaixo do nosso nariz!
Somos passado, presente e lutamos por um futuro, que nem ao menos estamos certos de querer presenciar.
Planejamos janelas para ver o mundo, mas a vista não permanece,
ao contrário, modifica-se constantemente,
sem nos consultar.


terça-feira, 13 de março de 2012

Amnésia

Não me vejo no futuro, nem me imagino, há um abismo em minha mente.
Limito-me a sonhar, e de leve.
Mas não me imagino, não me vejo, é a mais pura verdade.
Será possível, que eu, em algum momento acabo?
Não, obviamente não, mas ainda assim me escapo, fujo,
Amnésia de futuro, talvez seja esse o meu caso.

domingo, 11 de março de 2012

Por do sol

Descobrindo meu sons,
ouvindo-me quieta,
deixando vibrar,
energizando,
vendo as cores desenharem o horizonte,
brisa inspiradora,
crepúsculo sinestésico,
minha alma se alimenta dos últimos raios quentes do sol,
descobrindo calada,
a chegada azul da noite.
Solidão, estado sólido ou líquido de coração
Estar, mas não estar
Ser, ou não saber se é
Não precisamos de definições taxativas, não precisamos de nada
Precisamos apenas
do momento único em que imaginamos pertencer a qualquer coisa,
na verdade pouco importa
Estamos nus entre os muitos, estamos o tempo todo
E  nunca estamos sós, nos basta nossa consciência.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Por mim...

Brincamos de fugir o tempo todo, e até quando?!
Fazemos graças e gozamos, mas qual gozo?!
Existir nos basta?
Não a mim.
Minha cede precisa ser saciada,
preciso sentir o frescor líquido escorrendo por minha garganta seca.
A alegria é sempre tão passageira, que resolvi almejar apenas pela tranquilidade
Ao menos, possa talvez eu mesma sustenta-la.
Não estou triste agora, mas já estive,
Assim como já fui feliz muitas vezes, e serei outras tantas,
Mas felicidade é diamante raro, e se assim não fosse, teria menos valor.
Busco um equilíbrio que nunca me pertenceu,
um lirismo despretensioso na vida,
um amor, e mais nada.


quarta-feira, 7 de março de 2012

Para um Anjo

Semblante de anjo,
Mortal dos mais dóceis
Se veste de homem para flertar com as damas
Menino,
Inocência,
Por mais que por dentro da carne possa queimar uma fogueira
As faces ruborizadas fazem de ti, mais querido e mais amado
No fundo dos seus olhos cansados, pela longa obrigação de ser homem, de ser o homem, ainda esta a criança, ansiosa, olhando para o mundo com paixão.
Desce menino, desce do céu pra bailar comigo, 
Se arrisca nessa dança louca chamada vida, 
E vamos ver no que dá, 
E se dá, por que se der é lindo
Mas se não der não faz mal!



domingo, 4 de março de 2012

Sobre[amor]

Vestia- se sempre de vento, não pela leveza ou mesmo pelo frescor, apenas pela transparência.
Escondia-se por entre árvores espessas e arbustos escuros, com medo de ver e principalmente de ser vista.
Permanecia imóvel e calada, não ousava querer ou desejar coisa alguma, apenas sobrevivia, com o mínimo de decência que se imaginava capaz. Não tinha voz, nem ousava pensar o que fosse, seu coração a muito não pulsava, apenas bombeava tímido o sangue viscoso.
Mas as noites sempre se transformam em dias, e o dia claro lava os olhos para que se possa ver.
E a fulana viu, não só viu, mas imaginou, coisa que não fazia nunca, o que seria aquilo que se movia firmemente, com passadas largas e certeiras, seria bicho como ela, ou seria planta de raiz arrancada da terra.
Não se aproximou imediatamente, primeiro observou, por dias a fio, aquele sabe-se lá o que a catucar a terra, depois espalhar sementes, viu o ser desconhecido não ser nada além de ferramenta serena em contato com terra seca. Como que por pura magia, que a coisinha nem mesmo sabia denominar, o verde apareceu onde ele tocou, flores lindas começaram a crescer, numa velocidade que nem mesmo o dia entendeu. Cresceram tanto que chegaram a tocar de leve as nuvens, e a luz do sol passou a colorir a terra ao passar por entre pétalas de colorido vivo. Os olhos da pequena brilharam cintilantes de tantas cores, e em seu peito um baticum se fez audível.
Imediatamente, uma certeza de sabe-se lá o que tomou conta de todo o seu corpo, junto a uma vontade repentina de estar perto daquele estranho ser.
Aproximou-se aos poucos, sorrateira, felina, pronta para atacar, cheirou no ar o seu cheiro de virilidade, seu desejo escorreu pelo canto sedento da boca úmida de saliva, as pupilas dos olhos, retraídas pela luz inebriante do sol, tornaram-se aos poucos pequenos e profundos poços de pura essência da alma, e num desespero, desmedida, enfim tocou.
Ele apenas observou, despido, inundado de uma excitação espinhal, aquele suave movimento dançante, também não sabia de nada, na verdade, tudo pouco lhe importava, apenas queria tocar, penetrar, esculpir gemidos e sussurros, nada lhe causava medo, então juntou-se musical ao baticum do coração da moça.
Se engoliram aos poucos, começando pelos lábios, depois engolindo-se por inteiro, foram aos poucos mudando de cor, como camaleões, conforme o sol tocava penetrante as pétalas das flores translúcidas, as cores lhes transformavam a seu bel prazer, não pararam de se engolir, assim como o sol não quis deixar de brilhar.
São o pote de ouro no final do arco-íris, inconsciência animal,  e brilham coloridos até hoje, 

Talvez osso, ou apenas carne

Já nem sei ao certo
Apenas estou certa da insegurança, me protejo, me proíbo.
No entanto desta vez me vi obrigada a permitir,a tentar.
Não me entrego nunca ao sonho,
Ele sempre me atormenta, com pitadas de pesadelos que eu mesma crio.
Saltei, e estou certa de não ser mais possível retroceder,
E nem é esse meu real desejo.
Só eu sei como queria, e quero, porém não tenho medo do que vai aqui dentro, mesmo que seja doloroso o tombo, me arrisquei consciente e até aqui, o salto foi belo.


quinta-feira, 1 de março de 2012

É na claridade dos dias e dos pensamentos felizes que me encontro agora.
A dúvida da mudança foi de súbito substituída pela certeza dos benefícios dos novos velhos ares.
Alguns amigos ficaram, e fazem tanta falta que me dói o coração mais de uma vez ao dia, porém, mais pessoas chegaram à minha vida, com jovialidade milagrosa, com carinho quente e amor, muito amor pra dividir.
Estou feliz então, por estar aqui.