domingo, 25 de março de 2012

Da identidade

As mãos são de quem?
Do pai ou da mãe?
Um pouco de cada um.
Fisicamente são da mãe,
os dedos longos e gordinhos,
e as unhas arredondadas são dela.
A extinta verruguinha era dele,
Assim como os movimentos precisos e  astuciosos.
Bem, a leveza veio dos dois,
o dom de criar, que é próprio deles, também.
As mãos dele criam coisas grandiosas,
Na pedra pesada ele é capaz de construir abrigos afáveis e gentis.
As dela, com miúdos pontos, trama preciosas texturas que nos convida a percorrer.
A união dessas mãos tão importantes,
com a promessa eterna da aliança no anelar esquerdo,
gerou outras tão sedentas de arte quanto.
Esculpem, desenham, trançam, tocam, concertam, constroem e teclam.
Mas o mais importante, é que sabem da necessidade de permanecerem sempre unidas,
Nessa linda ciranda chamada Família.


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