segunda-feira, 26 de março de 2012

Estirão

Seu semblante, agora carrega todo o peso do seu ser.
Seus olhos, já não se fazem mais tão presentes.
É chegado o momento da primeira despedida.
Vai-se a criança e chega o adulto.

Esse furacão, do qual habitamos o olho,
Sacode nossos corpos fragilizados, com solavancos secos.
O filme da vida passa por nós.
É possível vê-lo claramente!
Separam-se os momentos.
A mente,  principia a seleção das passagens de maior relevância.
A verdade faz-se de puta e nua,
bem embaixo do nosso nariz
Nos revira as entranhas
Vomitamos todo o nosso ser.

Abandonemo-nos então, em tais solavancos
Talvez com eles, mais parafusos se encaixem
Viver é só isso
Descobrir-se a cada instante
Temos o privilégio de poder saber.
A realidade esta escrita nos muros e nas testas.
Por esse motivo temos olhos, para ver.

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