sábado, 29 de dezembro de 2012
Qualquer uma de cabelos desgrenhados
Rasgam-na ainda com vida, quanto mais sangue melhor
Nos olhos proferem furos, e basta.
Tanto faz...
[se é tão grosso o modo]
Talvez nem mesmo sinta.
O fato é que até os mais fortes em algum momento são abatidos por fraquezas, das mais sutis, das mais humanas.
É possível que seu momento único, o da felicidade qualquer e sublime nunca chegue.
Ninguém lhe traz ou jamais trouxe ao coração.
É claro que em momentos de tormenta serve de abrigo para os tantos amigos ocasionais com que lhe presenteia a vida., essa vidinha medíocre e sem eira a qual foi fadada, ou como ela mesma acredita, se fadou.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Das últimas
apenas algumas indagações
um tanto de sonhos
[e as mesmas faltas de sempre]
O vazio me toma pelas vias respiratórias
realmente não tenho certeza de nada
posso estar tomando todas as decisões erradas
praticando egoismo descabido
[alias, pouco importa não caber]
Aguardo ansiosa o desatar dos nós
que me impedem de respirar
Assim como busco essa tal luz que liberta
Preciso saber, isso é quase tudo...
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Pra calar as facas
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Do FIM
[Cegueira d'alma]
Teria mudado tanto, ao ponto que eu não possa mais reconhecer?
Meus olhos estiveram tapados por alguma emoção
[eu não via]
O fato é que agora que vejo, estou perplexa!
Como pode haver em um único ser tantas mentiras, tantas controvérsias
[tanta MALDADE]
Já não posso fingir que suporto!
Então definitivamente
ADEUS!!!
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Dos passeios
Transitando por este mundo...
No fundo estou sem muitas preferências taxativas
Só assim, leve
Sem aperto nenhum no meu coração
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Minha doce Gaia
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Transmutação
Estamos sempre procurando uma nova treta
[eu sempre estou]
Sempre as voltas com mais um tanto de sentimentalismos
Os dias vão passando
eu vou mudando
deixando de ser e me tornando
Mas me tornando o que?
No fundo nem sei ao certo
chamam isso de crescer
Tentativas e erros
já são pilhas e mais pilhas
amontoadas na minha mente
escondidas em algum recanto intocável do meu inconsciente
Vou confessar:
_Me excita toda essa aventura
Da Nossa Arte
Esse amor exibicionista que nos sufoca
Somos de corpo e alma
Somos de terra e voz
Precisamos nos eternizar nos olhos seus
Nos deles, nos nossos próprios
Pedimos licença
Distintas senhoras e senhores
Para invadir por alguns instantes
O precioso espaço de seus pensamentos
Atentem-se para troca justa de energia fervilhante
Observe como está pairando sobre nossas cabeças
Enquanto exalamos nossas verdades
[Por vezes até absurdas]
Vamos minha gente
Parem um instante para viver o momento único
Desta "acontecência" efêmera
Podemos juntos viver mais esta história
Antes que adormeça este dia
E acorde um novo amanhã
Venham se emocionar com nossa sutil fantasia
Com nossa sincera alegria
Com nosso amor pela arte!
domingo, 4 de novembro de 2012
[Corpesvaziamento]
encontrar por ventura vida humana
sorria e se alegre,
pois ainda há ar em possíveis alvéolos pulmonares
Então transpire e respire
mostre os dentes felizes se puder
Mas não se iluda
A felicidade é relativa
E infinitamente mutável!
sábado, 3 de novembro de 2012
Transtormental
Esse rio de tantos cursos
Difícil sentir no tato a direção do vento
Impossível enxergar
Preciso de paz
Gostaria de poder decidir
Se pudesse eu partia
Para onde meu Deus?!
[Para além disso tudo]
Mais uma vez... Adeus!
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Simplesmente Assim
Estão de volta meus velhos modos
de amar aos pouquinhos
Um tantinho de cada pra não enjoar
Sem mel, pra não ficar melado
Sem cobranças pra não ficar pesado
domingo, 7 de outubro de 2012
Do meu pó
vendados por minhas próprias indecisões.
Não há de fato uma fatalidade qualquer,
se o mundo não vê,
se as mãos não alcançam,
se é impossível entender...
Então basta! Por favor, basta.
Estou muito, muito cansada.
E vejam que há ainda muito pra viver!
Minha covardia esta refletida no espelho
Escorrida nos fios brancos dos meus cabelos
Estampada nos meus olhos estáticos e brilhantes de lágrimas
Estou mentindo
Brigando com o Mundo
Só não posso eu mesma ver
Vou cheirar rios de mim mesma,
pra ver se me engulo!
Vou suar minha alma,
pra ver se emagreço!
Quero me entregar ao vento...
...pra ver se finalmente alço voo...
sábado, 6 de outubro de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
minhas certezas todas se esvaem
não sei...
Vou me concentrar em engolir o nó que está preso na garganta
não tem gosto
não tem cara, nem motivo
muito menos vitaminas e minerais
Me cansa ser esse turbilhão de coisas tantas
me cansa não saber
MEU DEUS, SIMPLESMENTE NÃO SEI!
Talvez saiba um pouco do mundo
mas de mim, da minha alma, da minha água, da minha lama
só um branco sem fim
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Deixa rolar
deixa,
deixa o barco navegar
o tempo correr
na bela ciranda da vida
vale até pagar pra ver
então "fechô"
ta fechado o cachê
to pagando mundo louco
to deixando acontecer
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Trovinha de amor
basta que sussurre para que eu ouça
suspire por mim, e pronto, te amo também
Se me ama, não fuja, não zombe de mim
pois é tenro, brando e tão delicado meu coração
que zombarias são punhais cortantes
e fugas os mais obscuros abismos
Se te assusta esse meu eu desmedido
não precisa se afastar, chegue pra perto de mim
e verá o quão acertada sou, se alguém me ajustar
Se me ama, volte logo por favor
não se vá para sempre de mim
voe seus voos
mas retorne ao nosso amor
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Da minha existência
domingo, 12 de agosto de 2012
Do céu estrelado
repleto de estrelas
lumiando sorridentes
Belo mundo esse nosso
tão emocionante
inconstante e necessário
Me instiga todo esse mistério
essa imensidão
essa falta de certeza
Como saber
se o que vemos no céu
é o presente da estrela?
E não apenas o seu passado
A derradeira fagulha brilhante de sua vida
Bem, vou me abster do entendimento
e me contentar com o brilho único e singelo
das meninas celestes
Assinado eu também
por não poder perdoar
por não haver perdão
nenhum motivo há
mas tanto quis
e quero sempre que meus olhos encontram os seus
te desejo eu sei
te sufoco
lhe tiro o ar
por ser tão sem pausas
tão carregada de palavras
tão ávida de falar
te amo
pelo simples prazer de amar
fui feliz com você
a cada instante
a cada beijo
a cada verdade atravessada
que me fez felizmente sofrer
não foi por acaso
os desencontros deviam acontecer
que voem seus olhos
os meus logo estarão prontos pra revoar mais uma vez
descubra-se menino
vá longe
mas volte
por favor, volte sempre
pra me contar suas aventuras
sábado, 11 de agosto de 2012
Das gotas
eu te arrancava
te pegava com a mão e arremessava em qualquer canto
nem me importaria se por ventura
te desse como pouso o chão
se quer saber coração
sou mais que tudo
sou ferro quente
não tem nada de brando meu coração
sou mentira suja
sou sangue e coro
não tenho pele
nem amor
nem nada
sou qualquer coisa
sou bruxaria
sou olho morto
sou vontade mórbida
e nada então
to nem ai
não quero nada
nem vejo o mundo
sou choro seco
não sou poesia nem canção
só quero hoje
amanhã e sempre
ter sangue frio
cegueira d'alma
pra ver se sofro menos
por ser tão eu
tão pouco
tão só
e nada
e...
palavras vazias
e álcool talvez
tantas doses
palavras soltas
é preciso escrever ainda que sem encanto
é preciso vazar
pra ver se cessa o pranto
que se vá então
já chega
por que?
me diz coração
se tanto quis
se tanto fiz
se tanto pedi
e então
por que se abranda coração
seque mais uma vez
é preciso pra ser feliz
não se pode querer sorrir
nenhum sorriso então
se de dentes saem lágrimas
se na vida nada então
já chega
já chega meu estúpido coração!
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Então Adeus
dessa vez te vi
pude enfim perceber
tudo é muito mais que simples palavras
dessas que dizem a boca, mas traem o coração
das que a gente esconde para não magoar
da comodidade, de não viver novas buscas
É preciso encher os olhos
até os seus
Mas enfim
vou deixar você ir
vá-se embora de mim
para que eu volte a ser
e só
sábado, 4 de agosto de 2012
Do não que eu já tenho
talvez seja só carência
essa mania besta de querer
de ter
MATÉRIA
Brutalmente pele e corpo?!
Não!
Pois a alma me enlaça
num ponto crítico em que minhas palavras vagas não são capazes de descrever
me desnudo na sua negação
me afogo nesse abismo escuro onde nada sei
e rio da minha impotência diante de mim mesma
Sou uma piada viva
ou só um breve dramalhão?
Sou só Ângela
e por isso,
tudo isso
esse monte de tudo e nada reunido
esse eu sem qualquer explicação
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
A faca
pra cortar
pra descascar
Maravilha?
Bela vida?
Bela faca então!
Não se trata de faca de mesa
Nem, muito menos de pão
Falo de uma de corte fino
afiada com total precisão
Me olha
Eu a vejo
Porém não nos tocamos
Respeitamos a necessidade segura de nos mantermos afastadas
Minha faca é quase mágica
e só corta se eu disser corte
Mas nada falo
ela não ouve
e tudo permanece sem ranhuras
sem cortes
sem arranhões
De não poder mais
estou decidida a não atender.
_Chega! Por hoje já está bem!
Mais um pouco e eu explodo
Só mais uma grama
e minhas costas cedem ao peso
meus olhos às lágrimas
minha garganta aos gritos
E minha sanidade ao desespero
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Anatomia psíquica
Gosto de me manter livre para a vida
O cabelo solto, despenteado a seu bel-prazer
A cara lavada, sem grandes camuflagens
O corpo talvez não seja meu ideal físico,
mas me contempla
Faz bem seu papel humano
O sorriso vive grudado na minha cara
Mesmo quando solto minhas garras
mesmo nas minhas feitiçarias
Sou louca a noite
Não menos louca durante o dia
Detesto calor
A menos é claro que se faça entre os corpos
O meu e o de alguém que me toque diretamente a alma
Sou tão simples quanto complicada
E preciso me descrever
Todos os dias
Nessas palavras vivas
pra ver se me entendo, se me decifro
Pois sou claramente confusa.
terça-feira, 31 de julho de 2012
Choro seco
Do emaranhado
Esqueço e fim?
Degolo o pensamento?
Ou deixo seguir seu curso torto correnteza a cima?
Tento não ver, e mais que isso,
meu coração se esforça pra não sentir.
Tudo em vão,
tão latente,
real,
incontrolável,
e próximo
Que me cutuca a alma frágil
me esfola em carne viva a razão
Mas, está bem
Deixe estar
que rolem as águas
são só mais algumas voltas que o mundo vai dar
antes de tudo se resolver
antes da mente esquecer
e do coração se aquietar.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Do que não me pertence
não posso nunca
não depende de mim
estou certa de tentar
tanto quanto posso
Me incomodo...
Estou farta, angustiada
Me pesa...
esta falta de leme me pesa,
não tem bússola a minha vidinha
não tem direção meu eu
Vou esperar mais um pouco
pra ver se ouço as batidas na porta da vida
só pra ver se acontece algo
ou se paro
ou se...sei lá...
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Das últimas verdades
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Das dúvidas
O que fazer quando o pensamento é contrário ao coração?
Este querer não querendo
Este sim disfarçado se não
O que fazer, se não sei ao certo o que fazer?
Me diz, e então?
terça-feira, 17 de julho de 2012
Das pétalas
Não há pressa, ao passo que nada é errado
ou mesmo inadequado quando se trata de simplesmente se deixar viver
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Da escuridão
e esta vontade imbecilizada de tentar mais uma pouco?
Deve-se admitir o alto teor de confusão
expresso por estas palavras tortas!
É como olhar para o fundo de um poço, muito, muito, profundo,
pra perceber, antes tarde do que nunca
que não se pode saber do fundo
é escuro, é desconhecido, e assim é que tem de ser.
Isto me causa falta de ar e de chão.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Enquanto dure
sensualidade essa nossa, que se desvela tímida de mim, não de você
Esse medo de nada e tudo tão palpável,
tão difícil de deixar de lado
É melhor não decidir,
me agrada viver e mais nada
Deixa ser pra ser
E assim que seja eterno
em seu próprio tempo
[perfeito]
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Das células
nem onde esta a tal coerência
vou me jogando
querendo
tentando
ultrapasso os meus
e os seus limites, bem sei
acontece que vejo o meu brilho ao seu lado
que ouço claramente as batidas descompassadas do meu coração
não me enlouquece
só me chama
me acalma a alma
e acende uma fogueira em cada uma das minha tantas células
aquelas que morrem
que passam
que como todo o mais são efêmeras
não é só desejo
é anseio
é carinho
é tão puro
tão nobre
que nem mesmo sei como chamar
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Pra ser feliz!!!
A noite dos gatos
transformam como querem sua energia
a noite felina é doce, ardilosa, viva, curiosa e leve
Os felinos são verdades absolutas,
sensualidade inocente,
personalidades sinceras.
Amor, puro amor!!
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Pra parir poesia
silenciosa
escondida nos cantos mais remotos das almas febris
não menos que imbecís
desvalidos de merecimento
não se enternecem com o puro mel da poesia solta
largada única pra voar onde queira
se façam valer dessas palavras úmidas e quentes
que de súbito
na calada escura da noite
nos vêm às mentes secas de imaginação
é preciso tocar as notas puras dessa melodia
deixar-se lavar
por esse nada e tudo engasgado em suas mãos suadas
e respirar, respirar, respirar e...haaaaaa
Aventurar-se
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Do sol poente
olhe e veja como é belo o sol a se despedir de mais um dia!
Veja como humildemente vai saindo avermelhado pra deixar a lua brilhar.
Repare nos diversos tons coloridos com que pinta o firmamento,
Como que para nos presentear ainda mais uma vez nesse lindo dia!
terça-feira, 26 de junho de 2012
Para Celebrar mais um ano!
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Da minha própria água
que se esconde agora no fundo do meu olhar
Estou sem nada,
mais uma vez o amor passou por mim,
mas se foi
Descubro no entanto que preciso amar pra viver
Meu lado canceriano, berra súplicas por um amor sem fim
Não espero lábios pra beijar depois das 18:00
Não vejo o por do sol com ninguém
Não chego a sofrer
Apenas sinto falta do grande amor que ainda não vivi
Para escrever no muro!
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Estiagem
sorrindo amável
aquecendo mais um dia de outono.
Abram as janelas enquanto há tempo!
Apressem-se para ver o sorriso do astro maior
É preciso "ensolarar-se",
Mesmo que nuvens tapem o brilho do sol.
Da carne viva
segunda-feira, 11 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Crustáceo
Trancafiado
A chuva gelada não dá trégua
Aos poucos me transformo
Em alguma coisa que se assemelha a um peixe...
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Três Pulinhos
Tenho os pés no chão e a cabeça na lua
Desconectada do pescoço
Distante anos luz do meu corpo
Penso e de tanto pensar quase existo
Mesmo que flutuante
Distante do que se julga normal
Perco-me e tudo perco
Procuro e sei onde estou
Tenho contrato fechado, lacrado,
E de longo prazo com São Longuinho
Se não é o bondoso santinho
Não sei se me encontro ou não.
terça-feira, 29 de maio de 2012
De mim mesma
Encontro e perco
Não posso, por mais que eu queira,
controlar, segurar, guardar
Sempre me foge ao controle o coração
Tenho dúvidas, se o danado de fato me pertence
Pois me arremeda, engana e entorpece
Me faz feliz e triste
Me toma e me deixa
E só
apenas eu e ele
Sem nada mais que nos atrapalhe
sábado, 19 de maio de 2012
Do coração
imperceptíveis
Por mais que se queira não há controles...
analógicos, digitais ou até mesmo psicológicos
Estamos fadados à ser levados pela música constante da vida
Não temos escolhas?!
O que veem os olhos
Sem demora o coração sente
E a mente, por medo de sofrer
[ mente.]
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Translucidação
relevantes ao mesmo passo que verdadeiras
Ao amigo
Fomos levados por sabe-se lá o que
Voamos e nem nos fizemos perceber
tão somente podia-mos, nos ver
destrinchados, em pele e alma fronte ao outro
Amor e muito mais
tudo misturado
entrelaçados
Nesse tênue fio chamado vida!
terça-feira, 8 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Invernando!
terça-feira, 24 de abril de 2012
Além das margens
exacerbadamente me incompreendo
não sou capaz de adivinhar-me
nem sequer suponho-me
Estou atravessada na minha garganta
engolindo meus próprios sapos
procurando...
procurando...
domingo, 22 de abril de 2012
AfervoramentO
numa altura próxima de tocar as nuvens
não correram para buscar baldes de água para controlá-lo
apenas calaram
fizeram silêncio, de voz e de pensamento
Um sabor emanava do fogo e dos beijos dos amantes febris
aos toques os lábios tagarelavam palavras ininteligíveis,
para quem de fora ousasse auscultar
os corpos se adivinhavam a cada novo estímulo proposto
Inspiração e expiração
E o contemplamento sutil do outro, ali tão próximo, se fazia
sábado, 21 de abril de 2012
Da mesa
Era noite e o céu estava estrelado
Havia felicidade
Fazia parte da roda
Conforme o tempo
Os acontecimentos se moviam
As estrelas sumiam
A felicidade nem aí
A velha certeza, que tinha ficado enterrada
Reapareceu
Na verdade sempre esteve ali
Mas era preciso acreditá-la
Não há mágoa
Nem deveria
Só se sabe o que sempre se soube.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Dos olhos da alma
Por qualquer lugar onde possa penetrar
Imagens invertidas
Na mente tornam-se claras
Tradução simultânea para significados mil
Informações diversificadas
acumulam-se
Formam um bolo estético
Qualquer coisa significa, e pronto
Dilata-se a íris, é bom estar aberto
Foco é útil,
E quem sabe até necessário
Só não precisamos de fato de olhos que vejam
A física é traída pela sensação
Basta estar aberto e sentir
Então, a visão se transforma em tato, ou em som
E democratizamos os olhos
Para quem deles faz uso de outras formas
E vê o mundo com as mãos, os ouvidos,
Ou quantas partes sensíveis de si mesmo quiser
O que importa é sentir o mundo,
Com sua totalidade de nuances
Plenitude dos sentidos
Sejam eles quais forem.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Abraço de Coração
O abraço, puro, simples e completo
Onde nossos corações se fazem audíveis
Minha tranquilidade se torna paupável ao seu lado
E sorrir fica fácil
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Paródia verdadeira
Desvelou-se o tal mundo em imagem
praticamente cênica
É possível observar em diversas direções
coloridas a tinta acrílica
VERDADES
escandalizadas
à tinta fresca
em todos os lugares
Até no seu traseiro
E no meu
Não to nem aí pra sua laia, Sra. Realidade
Não sei nem se te conheço
Pra ser mais clara...
Preciso da inocência em muitos dos meus momentos
Que descontrole é esse ao qual me arremessa sem ver
e me abandona?
Ninguém está nem aí
Esta, que voz fala, também não faz de nada a menor ideia
Vejo o céu desabar sobre mim,
E isso quase todo o tempo
Estou certa de haver tempo para tudo
Mas é preciso tomar em breve o caminho certo
terça-feira, 10 de abril de 2012
Dos sonhos
Como riscos flamejantes a cortar o ar
Da Terra, observei consternada a imensidão de
pontos brilhantes do azul chover-se toda.
O medo me invadiu ao ver tão belo espetáculo
Entre estrelas cadentes e meteoros
O firmamento se desfez rumo ao solo terrestre
Não sei se era o presságio da destruição
Ou se apenas anunciava a boa nova
Só acordei...
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Na Lua cheia
Ao passo que sua voz me acalma
Tento ler seus pensamentos,
procuro te descobrir
Busco em mim radiografias de um você tão pouco desvendado
Não tenho certeza de nada, apenas sei, o que na realidade nem sei
Aqui dentro projeta-se bem delineada sua imagem, viva e clara
Mas ainda assim não sou capaz de desvendá-lo
Apenas me alegro,
e rio...
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Bodas de Prata
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Pro sono sumir
o sono me consome, mas eu luto, firmemente, não posso, não vou dormir,
eu comando, eu mando, eu é que sei.
O sono que espere a hora de sono chegar, ainda não é, agora eu não vou.
Quando anoitecer, na hora exata em que ele costuma sumir,
que apareça, aí eu durmo, quem sabe até me arrisco a sonhar.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Deglutição
a boca,
a mente,
mas e o coração?!
Bem esse está meio estranho,
Um tanto sem graça,
Um pouco sem chão.
Quando Deus criou os pássaros
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Revoada terrena
Passos rasantes sobre o chão
Tenho a clara sensação de estar voando
A respiração embora levemente cansada, me alimenta
A mente se expande
Alegro-me
A cada novo trecho
São minúsculas vitórias
Quase que imperceptíveis para quem vê de fora
Mas daqui de dentro, é possível ouvir os aplausos
Estou vencendo a mim mesma mais uma vez!!
Entranhamento íntimo
Sou tantas em uma única eu, que com frequência sinto-me sufocada.
Vivo a eterna busca de um futuro que não chega nunca,
sonho muito, tanto, e todo o tempo.
Sou uma série de ligações eletromagnéticas,
sou reação tipicamente atômica.
Sou uma parte santa;
uma parte sereia;
uma parte mãe;
e uma grande parte bruxa.
Estou acuada como bicho indefeso,
persisto em continuar cavando este buraco pra lugar nenhum.
Preciso me encontrar, e ponderar-me.
As horas estão fazendo falta no meu tempo, muito mal utilizado.
Organização emocional, preciso fazer uma faxina.
É passada a hora de ser.
O tempo de parecer passou voando por mim.
domingo, 1 de abril de 2012
8 luas
Tantas luas
Tão reais
(assustadoramente reais)
A imagem de um presságio qualquer
Uma certeza qualquer
Tão verossímil e improvável
Que só podia ser sonho.
sexta-feira, 30 de março de 2012
Urubu
Sobrevoar rasante o céu
Projetar-se em sombra no chão distante
Aventurar-se em queda livre rumo ao solo
Contrastar sua negrura com a imensidão azul
Voar até não poder mais
Só para ser livre como lhe é da natureza.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Simplesmente Catarina
Sobre[ser]
terça-feira, 27 de março de 2012
Para tardes de chuva sem chuva
segunda-feira, 26 de março de 2012
Via Láctea
Vi, a láctea via de estrelas
No escuro do céu
No firmamento
Percorri com olhos de passado
O brilho há muito já instinto
Na memória a sensação de outros tempos
Turbulentos, porém dos mais doces
Os cheiros relembraram ao olfato
Como a luz aos olhos se fez latente
E na via láctea estrelada
Minha criança sorrindo se fez presente
Estirão
Seus olhos, já não se fazem mais tão presentes.
É chegado o momento da primeira despedida.
Vai-se a criança e chega o adulto.
Esse furacão, do qual habitamos o olho,
Sacode nossos corpos fragilizados, com solavancos secos.
O filme da vida passa por nós.
É possível vê-lo claramente!
Separam-se os momentos.
A mente, principia a seleção das passagens de maior relevância.
A verdade faz-se de puta e nua,
bem embaixo do nosso nariz
Nos revira as entranhas
Vomitamos todo o nosso ser.
Abandonemo-nos então, em tais solavancos
Talvez com eles, mais parafusos se encaixem
Viver é só isso
Descobrir-se a cada instante
Temos o privilégio de poder saber.
A realidade esta escrita nos muros e nas testas.
Por esse motivo temos olhos, para ver.
Passagem
Muito, e tanto quanto posso.
Não sei do seu coração,
mas sei do seu rosto.
Onde está o sorriso tenro
que me encantou?
Turbulência n'alma?
Esse é o momento.
Viva as escolhas,
Não abdique de nenhuma tempestade
Grite para o mundo!
Invente, dance e componha músicas,
Nem que sejam de uma nota só.
Fale se quiser!
Ou nada diga, pense.
Apenas liberte seu instinto,
mostre-se para o futuro de dentes e sorrisos.
Salte sem paraquedas no seu presente.
E o futuro?!
Ele nada mais é do que o agora
domingo, 25 de março de 2012
Da identidade
Do pai ou da mãe?
Um pouco de cada um.
Fisicamente são da mãe,
os dedos longos e gordinhos,
e as unhas arredondadas são dela.
A extinta verruguinha era dele,
Assim como os movimentos precisos e astuciosos.
Bem, a leveza veio dos dois,
o dom de criar, que é próprio deles, também.
As mãos dele criam coisas grandiosas,
Na pedra pesada ele é capaz de construir abrigos afáveis e gentis.
As dela, com miúdos pontos, trama preciosas texturas que nos convida a percorrer.
A união dessas mãos tão importantes,
com a promessa eterna da aliança no anelar esquerdo,
gerou outras tão sedentas de arte quanto.
Esculpem, desenham, trançam, tocam, concertam, constroem e teclam.
Mas o mais importante, é que sabem da necessidade de permanecerem sempre unidas,
Nessa linda ciranda chamada Família.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Imersão
Não há caminhos claros a seguir.
Paralisia,
Afogamento em águas geladas e desconhecidas
Arrisco-me por canyons submarinos
E fico ainda mais submersa
Precipito-me contra as marés
Sei que a superfície não se encontra assim tão longe
E que é necessário encher de ar os pulmões
Mas permaneço
É preciso
Aproveito o coma instantâneo para refletir
Entrego-me ao balanço calmo e intenso desse mar de mim mesma.
E de súbito retorno ao oxigênio
Ainda é dia!
quinta-feira, 22 de março de 2012
Reflexos e reflexões II
O segredo esta justamente na calma.
Não há formas humanas de sanar todas as dúvidas inerentes ao homem.
Somos profundeza remota e impenetrável, transparecemos apenas o mínimo.
Mentir é natural e humano, e nem por isso é negativo, momentos há em que a mentira é necessária para proteger.
Os olhos não são capazes de espelhar toda a amplitude da alma.
No entanto, não precisamos nos enganar com nossos próprios sentimentos.
A verdade já não me assusta tanto quanto antes, ao contrário, me tranquiliza!
quarta-feira, 21 de março de 2012
Osmose
Bem, o beijo nem sempre chega.
Sobram apenas as lembranças de outros beijos
As mãos precisam tatear,
O corpo anseia ser delineado por toques suaves
O cheiro se faz saudoso às narinas
E o paladar degusta os últimos sabores.
É necessário trocar
Estar próximo
Separar-se por que?
Se a simples presença é o suficiente para alegrar.
terça-feira, 20 de março de 2012
Da noite
Não ha dúvidas, ele esta bem visível.
Vejo as estrelas, que formam um caminho iluminado, que nos leva para qualquer lugar.
Não tenho medo desse infinito negro desvelado pela noite,
Tenho medo apenas dos olhos,
de todos aqueles que olham e pensam.
Me inquieta a dúvida.
A noite é sempre fria, por mais que seja quente.
Porém quando se põe o sol, sem demora se mostra a lua,
Sorri fresca e pálida, nos ilumina, sem ruborizar-se, sem se acanhar por ser tão bela.
A noite pertence ao coração, enquanto que o dia, ao corpo e ao trabalho.
É na escuridão que os suspiros saem para passear e revoam gélidos os corações amantes.
Na noite o calor se projeta, se faz no outro, mansinho e leve.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Na Alma
E que uma tristeza que vem sabe-se lá de onde
nos arranha a mente e o coração?!
E esse nó na garganta, a gente engole, ou vomita em lágrimas?!
Não é tristeza propriamente dita,
é vazio, é falta, é desgaste de corpo e de alma.
É essa incerteza, que vem de brinde quando a gente nasce.
Preciso saber!
Mas de que?
Por que?
É necessário quietar.
Porém não encontro essa tal calma em lugar algum.
Hoje é o amanhã de ontem,
Estou no futuro, e ainda não sou o que quis ser quando crescesse.
Sou uma pilha de palavras e informações desconexas e amontoadas.
Não sou, e nem sei de nada.
Sou uma imagem opaca de tudo aquilo que projeto em mim.
Sou tecido transparente e fraco.
Sentimentos misturados.
Sou massa e alma inquieta
domingo, 18 de março de 2012
Todo tempo é pouco,
uma noite é quase nada comparada ao tamanho do desejo e do carinho que precisa ser saciado,
trocado.
Energia, pura magia, é fácil perceber que não é por acaso,
que não é por nada, apenas precisamos estar juntos.
Sentir...
Continho sem fadas
sexta-feira, 16 de março de 2012
Matizes
O ar ficou leve,
A brisa sentiu-se livre para voar
Serenou...
O céu virou mar,
Com ondas calmas,
sem atribulações.
O sol não sorriu escancarado
Unicamente agraciou-nos
Com um sorriso tímido
Invernou apenas a promessa dos dias lindos,
Que junto ao frio nos espera.
O firmamento foi tingido
com pinceladas trágicas
de um âmbar, quase que azulado.
Horizonte cromático
A medida áurea da beleza pura e simples.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Fluente
que não são de água,
me afoguei, ou mergulhei
já nem sei.
Me encantei, de leve, aos poucos
Assim como é leve e tímido o seu sorriso
Seus mistérios...
Quais serão?
Trancafiados nos seus olhos, que não são líquidos.
Menino ou homem?!
Tanto faz.
Não me importo.
Apenas quero, e acredite, quero muito.
Te quero de alma,e quem sabe até de corpo.
Te quero ao lado, mas em cima também me agrada.
Te quero sorrindo, mas se chorar, tomo suas lágrimas como minhas.
Te quero hoje
Posso te querer amanhã.
Ou quem sabe (embora pareça menos provável),
para sempre.
Mas meu querer, se for por você,
é eterno,
terno,
lindo e calmo,
Por apenas te querer.
Sobre a nova/velha casa!
Avistar,
olhar ao longe,
e perceber o que na realidade esta bem embaixo do nosso nariz!
Somos passado, presente e lutamos por um futuro, que nem ao menos estamos certos de querer presenciar.
Planejamos janelas para ver o mundo, mas a vista não permanece,
ao contrário, modifica-se constantemente,
sem nos consultar.
terça-feira, 13 de março de 2012
Amnésia
Limito-me a sonhar, e de leve.
Mas não me imagino, não me vejo, é a mais pura verdade.
Será possível, que eu, em algum momento acabo?
Não, obviamente não, mas ainda assim me escapo, fujo,
Amnésia de futuro, talvez seja esse o meu caso.
domingo, 11 de março de 2012
Por do sol
ouvindo-me quieta,
deixando vibrar,
energizando,
vendo as cores desenharem o horizonte,
brisa inspiradora,
crepúsculo sinestésico,
minha alma se alimenta dos últimos raios quentes do sol,
descobrindo calada,
a chegada azul da noite.
do momento único em que imaginamos pertencer a qualquer coisa,
na verdade pouco importa
sexta-feira, 9 de março de 2012
Por mim...
Fazemos graças e gozamos, mas qual gozo?!
Existir nos basta?
Não a mim.
Minha cede precisa ser saciada,
preciso sentir o frescor líquido escorrendo por minha garganta seca.
A alegria é sempre tão passageira, que resolvi almejar apenas pela tranquilidade
Ao menos, possa talvez eu mesma sustenta-la.
Não estou triste agora, mas já estive,
Assim como já fui feliz muitas vezes, e serei outras tantas,
Mas felicidade é diamante raro, e se assim não fosse, teria menos valor.
Busco um equilíbrio que nunca me pertenceu,
um lirismo despretensioso na vida,
um amor, e mais nada.
quarta-feira, 7 de março de 2012
Para um Anjo
domingo, 4 de março de 2012
Sobre[amor]
São o pote de ouro no final do arco-íris, inconsciência animal, e brilham coloridos até hoje,